sexta-feira, 27 de julho de 2007

Adocica, meu amor, adocica...


A Secretaria de Cultura do GDF organizou uma temporada de shows para esse fim de semana. Durante quatro dias (começaram ontem), uma atração musical de fama com abrangência nacional e de carreira com bem uns 20 anos como cantor estará perambulando por algumas localidades desse quadradinho aqui no meio cerrado.

Pois bem, meus amigos. Este aí na foto é Beto Barbosa na versão 2007.

A Secretaria de Cultura do GDF, macaca velha na arte da política, sabe muito bem que show de graça no Plano Piloto não serve pra nada, a não ser pra largar sujeira na Esplanada. Para atender ao verdadeiro público dos shows gratuitos, nada melhor do que escolher quatro cidades satélites: Paranoá, Planaltina, Santa Maria e Recanto das Emas. Se eu achasse que minha integridade física fosse permanecer intacta, eu juro que eu iria. Mas mulher sofre nesses programas...

Enquanto isso, aproveito para dizer aos leitores candangos do blog (mais ou menos umas 7 pessoas), que a livraria FNAC (tem que ser a FNAC mesmo, porque a Secretaria de Cultura já fez muito pela gente em um único fim de semana) apresenta no domingo mais uma edição do “FNAC no parque”. Vai ser com o Monobloco. Se você ainda não conhece o Monobloco, não perca mais tempo. Aproveite a maravilha tecnológica chamada mp3 para ouvir música boa.

E por último uma outra dica musical (essa não tão gratuita assim, mas com um precinho camarada). Aos candangos que tiraram o ciso ontem (você mesma, Carol) e não vão poder sair de casa neste fim de semana, aviso que no dia 11 de agosto contaremos com a brilhante, maravilhosa e sensacional Orquestra Imperial em Brasília.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Hora de ir às compras...

Eu sempre me achei pouco normal. Sempre me vi fora da curva. Não que me julgue melhor ou pior que os outros; sou apenas um pouco (ou muito) diferente. E uma das coisas que eu vejo que me faz um tanto quanto “exótico” é o meu gosto natural por mercados, supermercados e hipermercados! Desde as minhas primeiras lembranças no Jumbo (que, para quem não sabe, é o “avô” do hipermercado “Extra”, do grupo Pão de Açúcar; seu símbolo era um elefante - como na foto ao lado) e nas Casas da Banha (“CêBê, muito mais você! Tchá-tchá-tchá!”) até as minhas incursões atuais nos diversos estabelecimentos candangos, me divirto pacas em supermercado! Para o desespero de minha mãe – e a preocupação da minha litisconsorte, como diz meu amigo Benignus – eu sou daqueles que gosta de ir a cada um dos corredores do supermercado, ainda que não vá comprar nem televisores nem cervejas; é uma compulsão minha vasculhar gôndolas e gôndolas em busca das mais diversas novidades.


Ontem tive o prazer de passar, mais uma vez, um dia INTEIRO em supermercados. É, “supermercados”; no plural mesmo! Após ir à Super Adega, dei uma passada no complexo Wal-Mart / Sam’s Club daqui de Brasília. E, aceitando a sugestão da namorada, resolvi escrever algumas linhas sobre esse império do consumo americano; império que é, hoje, a segunda maior companhia do mundo em receita (algo em torno de US$ 350 bilhões/ano), ficando atrás apenas da ExxonMobil e à frente de alguns pigmeus da economia mundial, como Shell, General Motors, Toyota, Ford, General Electric, Citigroup, Siemens, IBM, Samsung e Honda, entre outros...


O Wal-Mart (bom, primeiramente, eu não sei o porquê do nome... “Wal” deve vir do nome do fundador, Samuel Walton; “Mart” eu penso que tenha algo a ver com “market”, presumo eu! Como é que eu vou saber?) começou a sua história há pouco tempo, em, pasmem, 1962, quando a primeira loja foi aberta em Bentonville, Arkansas (que, para quem não sabe, é a décima-terceira maior cidade do Arkansas, logo atrás de Texarkana!). O desenvolvimento deste conglomerado foi espantoso; após um início tímido, a primeira loja fora do Arkansas foi inaugurada apenas seis anos depois; no entanto, já em 1987, com 25 anos de história, o Wal-Mart tinha cerca de 1.200 lojas em todos os estados americanos, com faturamentos anuais de US$ 15,9 bilhões; nos dias atuais, são quase 7.000 estabelecimentos em todo o mundo, com cerca de 1.8 milhão de empregados.


O principal responsável por esse império é o simpático carequinha ao lado, o senhor Samuel Moore Walton, fundador do Wal-Mart. Morto em 1992, o figurinha aí acumulou, até o fim de sua vida, algo em torno de US$ 52 bilhões, o que fazia dele o homem mais rico do mundo quando de sua morte; quem o sucedeu na lista foi um tal de William Gates III, vulgo “Bill”. Com a concepção de que o cliente é o mais importante e que o trabalho em equipe faz a diferença, Sam Walton construiu algo que, dificilmente, podemos imaginar ser possível no presente. Hoje, seus filhos acumulam um patrimônio que gira em torno de US$ 85 bilhões, algo que, convenhamos, dá pra fazer um estrago. Aliás, fica aí a pergunta: o que vocês fariam com essa grana toda? Aguardo respostas nos comentários...


(Crédito das fotos: Grupo Pão de Açúcar e Wikipedia)

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Longa vida ao Youtube!

Estava eu a procurar assuntos de meu interesse no Youtube, aquela maravilha tecnológica do entretenimento, quando me deparei com essa sensacional montagem envolvendo, certamente, dois dos maiores gênios do nosso tempo, ídolos, sem dúvida, de todos os membros colaboradores deste nosso blog, veículo de informação tão preocupado com a sua felicidade e com o crescimento de sua bagagem cultural.

E quem são tais ídolos? Nada mais nada menos do que Ramón Goméz Valdés y Castillo, o nosso querido "Seu Madruga", e o mestre do humor Francisco Everardo Oliveira Silva, o grande "Tiririca"!

O vídeo traz uma das melhores canções do comediante cearense, aqui brilhantemente interpretada por "Don Ramón".

Com vocês: Seu Madruga cantando Florentina!

Favoritos

Nada como a internet para me acompanhar nas minhas longas e calmas madrugadas de silêncio e ócio! E nada como uma boa lista de favoritos no computador! E se há uma coisa de que me orgulho é da minha lista de sites favoritos, extremamente organizada (não sei como!) e funcional, além de esplendidamente dividida por assuntos e dotada de tudo de que necessito para viver feliz e satisfeito um dos mais agradáveis momentos do meu dia. Trata-se, sem dúvida alguma, da melhor lista de favoritos de todo o planeta! Talvez até do Sistema Solar...

Todavia, altruísta que sou, além de belo, inteligente e modesto, confesso que pretendo compartilhar com vocês, pouco a pouco, a minha extraordinária seleção de sites prediletos, no intuito único de propiciar-lhes momentos de grande prazer e descoberta.

E nada melhor para começar do que indicar-lhes alguns dos sites que mais acesso sobre um assunto que quase não vem sendo tratado aqui nesse nosso querido e indispensável blog, o futebol, esse tão apaixonante tema, único, quem sabe, capaz de unir em um papo acalorado e amistoso pessoas das mais diversas classes sociais e formações intelectuais.

Pois bem, sem mais conversa, seguem as dicas de hoje.

Balípodo: talvez o melhor site de futebol da grande rede em português! Seu autor, Ubiratan Leal, é exímio conhecedor do esporte, e trata de forma sempre equilibrada dos principais temas em destaque no mundo da bola. Vale a pena conferir todo o conteúdo do site, sobretudo as espetaculares seções “E se...”, “Histórias” e “O mundo não é uma bola...”. Além disso, não deixe de testar seus conhecimentos no viciante "Chutômetro", um fantástico quiz sobre futebol!

Templos do Futebol: site que contêm os principais estádios de futebol brasileiros, divididos por estados, com dados como data de inauguração, capacidade e recorde de público. Vale a pena observar as diferenças de estrutura de cada região, sobretudo os contrastes entre os estados que possuem times na elite do futebol brasileiro e aqueles que não possuem times nas duas principais divisões do futebol nacional. Interessante também observar a existência de estádios de grande porte em cidades que não contam com equipes de destaque no cenário nacional, localizados, principalmente, em cidades do interior de grandes estados brasileiros.

RSSSF Brasil: versão brasileira do The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation, o site contém as mais relevantes informações e estatísticas dos principais campeonatos de futebol, com ênfase nas competições disputadas pela seleção brasileira e pelos clubes nacionais. Não deixe de ver a seção Resultados Históricos, que, entre outras informações, traz os resultados das três divisões do campeonato brasileiro de futebol, ano a ano, além dos resultados de todos os principais torneios estaduais e regionais.

Jogos Perdidos: extremamente alternativo, o site é especializado em cobrir jogos de torneios e campeonatos de futebol esquecidos pela grande mídia. Seus colaboradores, verdadeiros heróis, orgulham-se de ostentar em seus currículos a presença em jogos envolvendo alguns dos times mais esquecidos e desconhecidos do futebol nacional e até internacional.

Distintivos: traz uma quantidade incrível de distintivos de equipes de futebol de todo o planeta, separados por continente, país e, no caso brasileiro, também por estados. Vale a pena conferir e testar seus conhecimentos futebolísticos, sobretudo para quem acha que conhece muito do assunto: tem time que não acaba mais!

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Ras Palas

Você conhece o Away de Petrópolis, certo? Você conhece o Jeremias, certo?

Mas se você teve a oportunidade de estudar na UnB, sabe que esses tipos são bastante comuns no dia-a-dia universitário. Pois bem, sem mais enrolações, conheça Ras Palas:

Puxando Papo

O link é para o primeiro episódio do Puxando Papo, um programa feito por um conhecido meu para a UnBTV. Se você ainda não estiver achando tanta graça no começo, tenha paciência. Espere até ver Ras Palas.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Sobre a bola de cristal

Como única mulher em meio aos colaboradores deste blog (praticamente a Maria Paula deste Casseta & Planeta), sinto-me no dever de abordar assuntos que são tipicamente mais comuns no universo feminino. O tema de hoje é tarô, búzios, leitura de mão, de borra de café, e tudo mais que vai nessa onda mística. Não que homem não se interesse por essas coisas, mas eles geralmente têm mais vergonha de dizer que vão à cartomante. No máximo, eles vão consultar um “preto velho” da vida.

Pois então: semana passada eu fui consultar uma vidente (na porta dela dizia taróloga – mas, ela lia búzios ao mesmo tempo em que virava o tarô). Escolhi a tal mulher pelas referências – minha sogra descobriu a Dona Fulana há quase um ano e desde então mal escolhe as roupas sem consultar a cartomante. Já no começo da minha consulta (é consulta mesmo que se diz?), a Dona Fulana já me deu um tapa de luva, dizendo que eu era como São Tomé, que tinha que ver pra crer, e perguntando o porquê de eu estar ali se eu não acreditava. Mas, ela era boa. Eu desconfio sempre dessas coisas, mas confesso que me impressiono com a capacidade dessas pessoas de descrever as coisas da nossa vida. A Dona Fulana acertou praticamente tudo o que falou de mim, sobre a minha vida, minha família, meu namorado, etc. E fez previsões sobre o futuro.

As previsões são sempre a parte mais legal da história. Essa é a segunda vez que eu vou atrás de uma vidente. A primeira vez foi há uns quase 4 anos, e a Dona Ciclana (a taróloga da época) acertou muita coisa em termos de presente e passado. Mas, NENHUMA das previsões dela se concretizou. Por exemplo, ela disse que eu ia encontrar um homem bem moreno e que trabalharia na área de Direito (a Dona Ciclana não sabia que eu também era da área). Mas, eis que o tal “moreno justiceiro” nunca deus as caras em minha vida. E um ano depois, eu comecei a namorar o meu atual namorado, que é bem branquelo e sabiamente fugiu do Direito.

A Dona Fulana fez várias previsões interessantes pra mim dessa vez. Vou aguardar mais um tempinho para ver se alguma coisa acontece mesmo. Mas, ela me deu um tapa (esse sem luvas) ao enfaticamente dizer que eu não vou passar no concurso para o qual estou estudando. Ora, muito obrigada pelo incentivo, Dona Fulana! Depois desse balde de água fria, nem pra dizer que eu vou ganhar na mega sena, ou alguma outra coisa pra compensar a decepção. De qualquer forma, agora estou estudando mais do que nunca para comprovar minha birra com essa idéia de destino.

Tirei duas conclusões dessa aventura: a primeira é de que se eu não passar no concurso, vou virar taróloga – ô consulta cara dos diabos! A segunda é de que ir à taróloga não tem a menor graça quando você está namorando ou casada, porque as videntes estão sempre preparadas para desperdiçar 80% do tempo que elas passam com você fazendo previsões amorosas e quando isso não acontece, elas acabam apelando e dizendo que você não vai passar no concurso.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Isso sim é coisa de macho!

Meu amigo, vou lhe dizer uma coisa: só de ler esse post sobre a Volta da França eu já fiquei cansado! Fico imaginando que o indivíduo que estiver em último lugar deve ficar "sem camisa"! É muita humilhação!

É por isso que eu gosto da Telesena do Silvio Santos, já que lá também ganha quem fizer menos pontos. Ou seja, o cara perde e também ganha!

Bom mesmo era a maratona de baralho que meu pai jogava nas férias: sentava com um monte de coroas barrigudos pra jogar baralho e só parava quando já tava com a calça quadrada, tipo Bob Esponja. Depois, tinha que fazer massagem no pescoço, de tanto tempo que eles jogavam sem parar. Isso sim é esporte de macho!

Além disso, quando um saía, os outros continuavam, e às vezes eram substituídos por outros competidores. Era praticamente um jogo com turnos ininterruptos de revezamento (foi mal pela piada jurídica!).

Aliás, vou até conferir pra ver se não tem disputa de baralho nesse Pan que estão disputando no Rio. Se bobear... Meu pai seria forte candidato a ganhar medalha nessa modalidade, como também em sinuca e dominó. Resumindo: só esporte de macho, que macho que é macho só anda de carro, e com o ar condicionado ligado o tempo todo!

E por falar em Pan, meu sogro, que também é um cabra macho, tem um critério espetacular pra diferenciar o que é esporte de outras disputas quaisquer: pra ele, só é esporte se tiver bola!

É curto e grosso o critério adotado. Maratona, por exemplo, é corrida. Tiro ao alvo? É só uma disputa pra ver quem tem a mira melhor. Ciclismo? É corrida de bicicleta! Agora, futebol não! Futebol é esporte.

É um critério bastante interessante, com o qual quase concordo. Não fosse o automobilismo, que eu gosto pra caramba...

Quer saber? Tem um monte dessas coisas que não é esporte mesmo não!

Enfim, meu sogro é um filósofo; e meu pai é um atleta!

Coisa de macho!

Desde a última sexta-feira, estou de férias. Terminei um cursinho que estava fazendo no período da manhã e vou aproveitar duas semanas de descanso do trabalho. Isso, para mim, significa muito tempo livre para ver o que acontece pelo mundo; e, no último domingo, aproveitei para acompanhar a oitava etapa do Tour de France 2007, uma competição que é conhecida, em português, como a "Volta da França". E, literalmente, é uma "volta" na França mesmo. Disputada desde 1903, o Tour de France é realizado anualmente no mês de julho, e forma, juntamente com o Giro d'Italia e a Vuelta a España o "grand slam" do ciclismo mundial. Neste domingo, acompanhei a oitava etapa, que ligava as cidades de Le Grand-Bornand e Tignes, um percurso de 165 quilômetros disputado em terreno montanhoso.


Não sou um especialista no tema, mas vou compartilhar o pouco que sei sobre o assunto; as provas de longa duração (como o Tour de France) possuem várias competições, por assim dizer, "embutidas" nas diversas etapas que são disputadas. Existem três tipos de etapas: as corridas abertas, nas quais todos os ciclistas largam juntos; as etapas de cronometragem individual (na qual cada atleta tem o seu tempo contado - com um percurso menor, na maioria das vezes, e largando um de cada vez); e as etapas de cronometragem de equipe (nas quais as diversas equipes de ciclistas que participam da competição largam em separado, mas com o grupo disputando em conjunto). Nas corridas abertas, o trecho em disputa é marcado, em vários locais, com pontuações específicas; por exemplo, digamos que o trecho tem uma grande subida de montanha; normalmente, o topo da montanha é um "marco de montanha", e quem chegar lá primeiro ganha pontos específicos na competição de montanha (e que possuem efeitos na pontuação geral); já um ponto em um vale pode receber um "marco de velocidade", ou outro nome que se pode dar, que confere, àquele que chegar lá primeiro, pontos específicos na competição de sprints.


Na verdade, o líder geral da prova (que é definido, entre outros elementos, por pontuações e tempo registrado em cada uma das etapas), usa uma camisa amarela, a maillot jaune; o líder dos sprints, ou seja, o que marcou pontos específicos por ter chegado mais vezes em primeiro, segundo ou terceiro nas diversas etapas, usa uma camisa verde, a maillot vert; o "Rei das Montanhas", que ganha pontos nas corridas por atingir primeiro as metas de escalada, usa uma camisa branca com bolinhas vermelhas, a maillot à pois rouges; e, por fim, o ciclista que, no geral, for o melhor abaixo dos 25 anos de idade, usa uma camisa branca, a maillot blanc.


Bom, como já disse, a competição desse ano já está em curso, e você pode visitar o site do Tour nesse link. O que eu gostaria de destacar é que essa competição é, simplesmente, assustadora em seus números completos: ao final da competição, os atletas terão percorrido, cada um, cerca de 3.500 quilômetros em 22 dias. E só para finalizar, o maior vencedor do Tour é um tal de Lance Armstrong, um cara que é um exemplo de vida e superação; quem quiser saber mais sobre ele - e sobre o trabalho da Lance Armstrong Foundation, é só clicar aqui!


Um abraço e até a próxima!

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Andorra!

Meus caros, esse aí ao lado é ninguém menos que Nicolas Paul Stéphane Sarközy de Nagy-Bocsa, o famoso co-príncipe de Andorra, tirando uma casquinha da iatista francesa Maud Fontenoy, em foto brilhantemente capturada por Jean-Paul Pelissier, da Reuters. Aproveitei o ensejo da foto, que me chamou a atenção, pra voltar a postar no blog – a pedidos de nosso amigo Benignus, que até agora não mandou as respostas do Chutômetro 3 pro Balípodo (eu já respondi 6 das 10 questões, viu?).

Só para postar a foto, fui procurar um assunto pra justificar a colocação da imagem. E, ao ler sobre o atual presidente da França, descobri que ele é, também, co-príncipe de Andorra. Daí, me bateu aquela curiosidade... Mas que p.... é Andorra? Bom, Andorra, também conhecido como Principat d'Andorra (Principado de Andorra, em catalão), é um pequeno país (468 quilômetros quadrados) que fica na fronteira entre a França e a Espanha, encravado nos Pireneus. Depois de uma pesquisa na Wikipedia (a mãe digital de todos os burros e curiosos), descobri que Andorra foi, segundo algumas lendas, fundado por Carlos Magno (vulgo Charlemagne); desde o século XI, Andorra permaneceu sob a proteção do Bispo de Urgel, uma diocese da Igreja católica na Catalunha, Espanha, até que, durante a Revolução Francesa, revolucionários declararam a independência do país. Em 1806, o povo pediu a um rapazinho simpático, um tal de Napoleão Bonaparte, que restaurasse a condição de principado; desde então, Andorra tem prestado vassalagem ao Bispo de Urgel (que hoje é o senhor bispo Joan Enric Vives i Sicília) e aos reis (e depois presidentes) da França.

Hoje, Andorra é um pólo turístico e um paraíso fiscal (aliás, como várias outras micronações em todo o mundo). Aliás, aproveitando o ensejo, lanço o desafio: e vocês, postadores, falem de outros países interessantes como Andorra! E, pra quem quer saber mais, vai aí o link para o Ministério do Turismo deles. E boa viagem!

terça-feira, 10 de julho de 2007

Mais comida...

E como nesse blog todo mundo é bom de garfo, apresento a vocês texto de autoria do nosso amigo Feluc, que dá o pontapé inicial em seu blog, o sobre a experiência, com um tema de suma importância para todos nós, falando a respeito dos "restaurantes moderninhos".
Segue o texto do Feluc:
"Sobre restaurantes moderninhos...
Um amigo meu, freqüentador assíduo de bons restaurantes, almoçou em um dos estabelecimentos mais famosos do Rio de Janeiro. Lugar bem decorado, pratos bonitos, lembrando a apresentação da comida japonesa, enfim, um típico restaurante hype da Zona Sul carioca. Não preciso dizer que a conta acompanhou a sofisticação do ambiente, das pessoas e dos pratos. Pois é, o meu amigo pagou R$ 240,00 para almoçar picadinho com água mineral. Esta historinha tem se repetido país afora.
Algo está errado. E não é apenas na Zona Sul carioca ou no Jardins, em São Paulo. Aqui, em Brasília, também temos os nossos restaurantes moderninhos. O esquema é o mesmo: ambiente bem decorado, cozinha fusion, ingredientes exóticos e preços ridiculamente caros.
Por detrás de tudo isso existe um comportamento esnobe de cozinheiros e restauranteurs (sim, este é o nome do empresário do ramo) querendo nos ensinar como comer, como harmonizar vinhos com determinado prato, quais são os ingredientes do momento (lembram-se do purê de mandioquinha, no início do anos 90?) e por aí vai...
Infelizmente, parece que parte dos consumidores, no afã de participar desta modernidade, não se deu conta de que são vítimas de um engodo.
Em primeiro lugar, se existe alguma experiência que seja compartilhada por todos os seres humanos certamente é a de comer. Todos nós temos alguma competência para avaliar a qualidade de uma comida. Não precisamos de cozinheiros nos ensinando o que e como comer.
Em segundo lugar, a não ser que você freqüente o Fasano, em São Paulo, ou alguns outros poucos restaurantes no Brasil, provavelmente o prato que lhe servem não tem ingredientes de primeiríssima qualidade. Se você parar para pensar quanto custa manter o restaurante, pagar funcionários e tributos, além da margem de lucro, concluirá que não sobra muito para bons ingredientes. Portanto, se a salada que te servem tem por ingrediente aceto balsâmico, pode ter certeza que o insumo utilizado é a versão barata de supermercado, já que um vidrinho do original (Aceto Balsamico Tradizionale di Modena) custa, pelo menos, 50 euros. Trata-se de um produto que, segundo a norma italiana, pode ser envelhecido por 12 anos ou 25 anos, nos termos do art.10 do Reg. CE 208 /92, do Ministero Politiche Agricole e Forestali.
Ou seja, você é enganado. O produto que te servem não é o que eles dizem ser. Eles, os sofisticados, os conhecedores, os iniciados, gastam uma grana preta em decoração, falam um linguajar empolado, cheio de mistificações, falando de cozinha pós-moderna, de como aliam técnicas francesas com ingredientes exóticos, e, no final, apresentam uma comidinha, no máximo, gostosinha.
Este pequeno texto é um desabafo e um alerta. Somente nós, consumidores, podemos educar os empresários que tem a desfaçatez de promover este estelionato. Ou, então, aceitar que fazemos parte deste embuste, que queremos parecer sofisticados, ter o nosso momento de glamour..." (http://sobreaexperiencia.blogspot.com/2007/07/sobre-restaurantes-moderninhos_10.html)

sábado, 7 de julho de 2007

Muito mais música

Mais uma das benesses da vida na Internet: música, música, música pra todos os lados – seja pra você conhecer novos artistas, seja pra achar aquela música que não sai da sua cabeça, seja pra puxar a letra daquela outra canção em inglês (e depois fingir que, na verdade, como seu inglês é muito bom, você aprendeu a letra só ouvindo a música), seja pra baixar aquele álbum de anos atrás que você já não encontra para vender em lugar nenhum, seja para entupir seu Ipod com músicas para te distrair daquela coisa terrível que toca nas academias. Confesso que 80% do meu tempo na Internet está, de alguma forma, voltado para a música. E como este é um tópico que interessa a quase todo mundo, sem mais delonga, apresento a vocês duas coisas sensacionais:

Penca de Discos – esse ser humano iluminado resolveu prestar um serviço de excelente qualidade para os fanáticos por música boa. Ele disponibiliza álbuns inteiros dos mais diversos artistas, tanto nacionais quanto internacionais, pra outras pessoas baixarem. Obviamente, sem qualquer custo pra você (tô pra conhecer um brasileiro que por medo de pirataria esteja pagando pra baixar música na Internet). Aliás, não bastasse este blog se negar a falar de Direito, já estou eu aqui fazendo propaganda de pirataria. Ainda bem que somos anônimos.

Last.fm – o Last.fm é uma grande comunidade musical. Funciona como um orkut da vida, mas todo voltado para música. Você cria seu perfil e baixa um programinha que vai registrando tudo o que você ouve no seu computador. Com base nisso, o site vai oferecendo algumas sugestões musicais, fazendo um ranking das músicas e dos artistas mais escutados, y otras cositas más. Dá uma olhada lá que você vai entender. Com isso, tenho descoberto muita coisa nova e interessante. Mas ainda acho que meu gosto musical verdadeiro não está fielmente retratado no meu perfil do Last.fm, porque eu ainda não tive coragem de ouvir Fábio Jr. no computador e revelar para o mundo que eu realmente acho que “carne e unha, alma gêmea, bate coração” e “e se um grande prazer, rola pelo aa-aa-arrrrrr” são obras-primas da música romântica brasileira.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Suor em Stanford

Onde você estava na tarde do dia 4 de julho de 1994?

Bem, se gosta de futebol, certamente sofrendo e assistindo ao jogo entre Brasil e Estados Unidos, válido pelas oitavas-de-final da Copa do Mundo daquele ano.

Era feriado nos EUA, dia da independência do país, o que ajudava a garantir o público de 84.147 pessoas que lotavam o Estádio de Stanford, na Califórnia.

O patriotismo americano, nem é preciso dizer, não podia estar mais insuflado, garantindo a atmosfera de grande decisão a um jogo entre um país tricampeão mundial e um outro sem qualquer tradição no futebol masculino.

Assim, a partida ganhou contornos de grande clássico, com os americanos fazendo o jogo de suas vidas, e com os jogadores dos dois times sofrendo com um calor escaldante, além, é claro, da pressão natural atinente à responsabilidade de jogar uma partida eliminatória do mais importante de todos os torneios de seleções.

O time brasileiro, diga-se, era fraco, sem grande poder de criação, e jogava dentro de um esquema que privilegiava o sistema defensivo, destoando, pois, das grandes seleções com que nos acostumamos nos tempos áureos do nosso tricampeonato, e mesmo das brilhantes equipes montadas pelo mestre Telê Santana nas copas de 82 e 86.

No Brasil, a torcida, como sempre, era grande pela seleção canarinho, mas a confiança andava abalada pelos fracassos recentes, e a insatisfação contra o esquema de jogo, tido como defensivo demais, ajudava a criar um clima de temor quanto ao destino de nossa equipe na competição.

O fato é que a partida, que poderia ter sido fácil em circunstâncias normais para a seleção brasileira, acabou ganhando contornos de dramaticidade, sobretudo após a inexplicável atitude do até então disciplinado lateral-esquerdo Leonardo, que, em jogada fortuita, no final de um primeiro tempo já considerado difícil, desferiu fortíssima cotovelada contra o rosto de Tab Ramos, vindo, pois, a ser expulso.

Aquilo aumentou ainda mais a pressão sobre os brasileiros, que, apesar de se autodenominarem os reis do futebol, há vinte e quatro longos anos sofriam com a falta de um título mundial, vendo a ameaça cada vez mais real dos alemães e italianos à sua tão cantada supremacia no esporte.

O jogo, assim, parecia correr para o seu triste e inevitável destino, num segundo tempo de muito combate e pouca inspiração, com duas equipes cada vez mais desgastadas em campo, até que, mesmo com um jogador a menos, aos 72 minutos, numa jogada de puro talento dos únicos verdadeiros craques do time brasileiro, Romário e Bebeto, com um chute de precisão cirúrgica deste último no canto do goleiro Tony Meola, veio o desafogo.

O Brasil vencia aquele jogo por um a zero, e, muito mais do que isso, iniciava ali, treze anos atrás, uma nova caminhada rumo ao topo do futebol mundial.

Menos Direito, Mais Música

Nasci em 1977. E sempre tive muita curiosidade sobre tudo que aconteceu naquele ano. Na realidade, tenho interesse sobre tudo que de alguma forma tenha relação com as minhas origens.

Quando criança, costumava brincar com os LP’s dos meus pais, os velhos discos de vinil que hoje perderam seu espaço em razão da popularização do CD. Era uma seleção, digamos, variada: de Caetano Veloso às coletâneas de discoteca dos anos 70, de Demis Roussos às trilhas sonoras das novelas da Rede Globo.

O fato é que me interessava bastante pelos discos lançados no ano em que nasci. Lembro que considerava aqueles os meus LP’s, e o mesmo acontecia com os meus irmãos mais novos, que também elegiam o ano em que nasceram como critério para a adoção de seus discos preferidos.

Para o desespero dos meus pais, a gente fazia uma bagunça danada, escrevendo nossos belos nomes com qualquer caneta que mais facilmente encontrássemos, e ouvindo aqueles discos à exaustão, no volume que entendêssemos adequado, obviamente. E que nem sempre era razoável...

Imaginem vocês a felicidade de um pai que encontra seus pimpolhos naquela algazarra, criando belíssimas assinaturas nos seus discos preferidos e se achando destes seus legítimos proprietários. Pois é, não basta ser pai...

Enfim, para aqueles que também têm interesse nas músicas que faziam sucesso no ano em que nasceram, e para todos os outros que simplesmente têm curiosidade de verificar a “evolução” do gosto musical do brasileiro através dos anos, apresento-lhes um link especial do site “Mofolândia”, que trata principalmente de desenhos e séries antigos, mas que aqui nos brinda, em sua seção referente a "Músicas e Cantores", com a relação das 100 músicas mais tocadas nas rádios brasileiras a partir de 1958, consideradas ano a ano.

É muito legal, por exemplo, saber que no ano em que nasci a música mais tocada foi “Amigo”, do rei Roberto Carlos. E que no segundo lugar da lista daquele ano aparece “Sonhos”, de Peninha. Além, é claro, do grande "Abba", lembra deles, com "Dancing Queen", que consegue ali um bom trigésimo sétimo lugar.

Sirvam-se, assim, do link indicado. E lembrem-se, não briguem com seu filho somente porque ele destruiu seus discos, livros ou coisas que o valham. Quem sabe algum dia ele aproveita um post de um blog pra dizer que lembra com muita saudade de toda aquela bagunça.

Ah! E aproveitem, também, para conhecer o resto do Mofolândia, que é garantia de boa diversão.

Obs: como não deu pra fazer um link direto para as músicas mais tocadas, mas apenas para a página principal do "Mofolândia", é só clicar em "Músicas e Cantores", e depois em "As músicas mais tocadas".

terça-feira, 3 de julho de 2007

2007 já chegou... Você sabia?

Mearim Motos. Esse é o novo fenômeno da internet (popularizado pelo Kibeloco). Duas palavras que prometem trazê-lo para o segundo semestre de 2007; ou, ao menos, para este ano. Se você ainda não viu, veja; vá ao Youtube e pesquise por essas duas palavrinhas. E prepare-se para ficar chocado – eu me acabei de rir...

Falando em estar em 2007, o tema do momento é o bendito do Iphone, lançado ontem pela Apple em conjunto com a AT&T nos EUA. Ontem, a Apple anunciou que foi um sucesso o lançamento do produto. Foram vendidos, em três dias (desde as 18:00 de sexta-feira), mais de 500.000 unidades do produto.

Tirando por base que o mais barato saiu por quinhentas doletas, isso dá a quantia obscena de US$ 250 milhões só nesse fim de semana. Vocês têm uma idéia do que é isso? A previsão da Apple é vender, em todo o mundo, 10 milhões de unidades do produto até o fim de 2008, o que pode gerar ganhos brutos, em venda, de US$ 5 bilhões; porém, há analistas em Wall Street que afirmam que os números podem chegar a assustadores 45 milhões de aparelhos até o fim do próximo ano, o que representa vendas brutas de, no mínimo, US$ 22 bilhões.


Entre as vantagens deste novo gadget, há que se destacar o display de LCD, que é simplesmente lindo; o design do menu, que pode ser acessado com o toque do dedo e que é intuitivo – aliás, a principal virtude dos produtos da Apple. Além disso, reproduz vídeos, acessa o Google Maps, o Youtube, e, além disso, tem a possibilidade de reproduzir músicas com qualidade em suas caixas de som embutidas. No entanto, nem tudo são flores (ou maçãs, no caso): o sistema não permite o envio de mensagens multimídia, com fotos, por exemplo; não há gravação e nem chamada por voz; não é compatível com kits para uso em carros e está vinculado, ao menos por enquanto, ao serviço da AT&T (o que vai mudar em breve, tendo em vista as vendas); ademais, a câmera é muito rudimentar, sem capacidade de zoom.


Os obstáculos acima podem parecer desprezíveis para alguns, porém, para os amantes da treconologia, isso faz a diferença. De qualquer forma, isso parece ser irrelevante para a Apple, uma empresa que conseguiu se firmar provocando uma clivagem no mercado: de um lado, seus produtos; do outro, o resto. Senão vejam: quando você tem um Ipod, você não se refere a ele como “um tocador de MP3”; você tem um Ipod; se o seu computador é Apple, você fala, tranquilamente, que tem um “Mac”, e não que tem um computador. Da mesma forma, as pessoas deverão se referir aos Iphones pelo nome (falando mesmo assim, "ai fôni"), e não pela sua categoria de “telefone celular” (algo do tipo: "ah, você já viu o meu "ai fôni"?). É exatamente aí que está o diferencial da Apple: reinventar produtos e criar, de certa forma, novas categorias. A maior prova é que os competidores estão indo, todos, no mesmo sentido (touch screen, vídeos no celular...). Bom para ela, e ótimo para os consumistas de plantão – entre os quais eu me incluo...

(foto: Wikipedia)

segunda-feira, 2 de julho de 2007

COISAS DE NERD


Death Note.
Como usar:
- O humano cujo nome for escrito neste caderno morrerá.
- Este caderno não surtirá efeito a menos que se tenha em mente o rosto daquele cujo nome está sendo escrito, portanto, outra pessoa com o mesmo nome não será afetada.
- Se a causa da morte não for especificada, a pessoa simplesmente morrerá de uma parada cardíaca.”

Estas são as regras básicas do Death Note, ou “Caderno da Morte”, em uma tradução livre. Bem, se você leu até aqui toda essa maluquice saiba que Death Note é o título de um mangá que tem sua primeira edição publicada no Brasil neste mês, e que recomendo a qualquer um que tenha interesse em quadrinhos japoneses ou em uma boa história de suspense policial.
A premissa é seguinte: Existem seres inumanos, os “Deuses da Morte” (Shinigami), que habitam um local muito similar ao nosso conceito de Inferno. Esses seres possuem cadernos onde anotam os nomes das pessoas que devem morrer. Um desses “Shinigamis” deixa seu caderno cair no mundo humano.
O Death Note em questão é encontrado por Light Yagami, um inteligente estudante secundarista japonês que, idealizando um mundo melhor, passa a empregar o caderno contra criminosos.
Com uma base fantasiosa, Death Note tem conquistado uma legião de fãs ao redor do mundo ao levantar questões morais diversas, narrar um thriller policial de primeira e, de brinde, contar com um excelente desenhista - Takeshi Obata.
Enfim, sei que várias pessoas já pararam de ler o texto logo no início, mas para você que persistiu, eu digo: diversão garantida.


Curiosidade 1: Os japoneses têm certa dificuldade com alguns fonemas ocidentais. Assim, o nome do personagem principal, Light Yagami, acaba sendo pronunciado “Raito Yagami” na versão animada (anime) da revista. Isso inclusive gerou alguns protestos por fãs do desenho animado que defenderam o uso do nome “Raito”, e não “Light”, na versão brasileira dos quadrinhos.
Curiosidade 2: Tsugumi Ohba, apontado como autor da série, na verdade é um pseudônimo adotado por um escritor cuja identidade permanece em segredo. Há inclusive “lendas do mundo nerd” afirmando que nem o próprio desenhista sabe quem é o escritor de Death Note.
Curiosidade 3: Fiquei sabendo dessas curiosidades pelo meu cunhado, influente figura da cena mangá/anime de Brasília.
E você, o que faria com um Death Note?
Eu só sei que se eu tivesse um Death Note, a programação da TV no domingo já seria bem diferente...

Death Note 1 está nas bancas e é publicado pela JBC Editora. Para saber mais acesse: http://www.editorajbc.com.br/2007/06/15/death-note-e-lancado-pela-jbc/

domingo, 1 de julho de 2007

Mais Interjeições!

Como disse a nossa Marie, as academias são ambientes, digamos, esquisitos. Não somente pelas figuras que lá se exibem, mas também pelas atividades lá realizadas.

A tal da aula de jump fit, por exemplo, é ótima para constatar a aptidão de determinadas pessoas para atividades diversas da dança. É algo como um exame para se verificar que a pessoa deve mesmo se dedicar ao seu trabalho e a outras tarefas mais compatíveis com suas habilidades e sua coordenação motora. Sem contar aquelas “belíssimas” músicas que suplantam nossos mp3 players e invadem nossos ouvidos bem situados próximos aos aparelhos de musculação.

Vamos combinar, ninguém merece ouvir aquilo ali, muito menos eu, suado e fazendo careta após ter sido humilhado pelo colega ao lado que acaba de levantar três vezes mais peso que eu e sair como se nada tivesse acontecido.

Aliás, esse é um fator de estresse. O indivíduo do sexo masculino é, antes de tudo, um competidor! Não é mesmo, Mack Avel? Seja o que for, nós sempre queremos ganhar. Eu e Mack Avel, por exemplo, brigamos pra ganhar até no par ou ímpar!

Enfim, mas o ápice da falta de razoabilidade na academia é mesmo o spinning, ou bike indoor. Resumindo, um monte de gente se acabando em cima de uma bicicleta que não sai do lugar. É razoável? E ainda tem um pessoal que se empolga e começa a gritar: Uhhhuuu! Como diria o grande Diogo Portugal, imagina se você der uma bicicleta de verdade pra eles!

Mas isso não é o pior do tal do spinning. Olha, eu só fiz uma aula daquele troço, mas foi o suficiente pra concluir que aquilo não é pra mim. Pense num banquinho desconfortável! Aquilo é a imagem do inferno! Você, estourando os ouvidos com uma porcaria de música, em cima de um banco que deve lhe deixar impotente ou estéril, suado feito o Cão, e ainda tendo que agüentar o gritinho daquele pessoal: Uhhhuuu!

Veja bem, eu só vou pra academia porque quero viver mais uns anos, mas aquilo não é coisa de Deus não! Como diria Jeremias José, o Cão foi quem botou pra nós malhar!

Em tempo: Antonius, nosso novo colaborador, é um mestre na arte do jump fit, podendo ser considerado uma espécie de John Travolta da malhação, algo assim como aquele personagem de Os Embalos de Sábado à Noite, o Tony Manero.

Interjeições

Academias de ginástica são ambientes interessantíssimos. E isso gera papo pra, no mínimo, uns outros 5 posts. Na minha graduação em Sociologia, tive a chance de fazer muitas e muitas matérias da Antropologia (e confesso que até hoje mal sou capaz de diferenciar uma da outra). Enfim, uma das teclas nas quais mais se bate na Antropologia é a da etnografia. Às vezes, fico achando que eu deveria ir pra esses lados só para poder fazer a etnografia das academias. Pessoas de academia dariam um excelente objeto de estudo. Mas por enquanto isso fica só na minha cabeça. Enquanto luto contra minha preguiça de esportes e tento encontrar forças para continuar minha longa caminhada pelas esteiras ou passagens pelas aulas de localizada da vida, vou observando o que se passa ao meu redor naquele espaço bizarro.

Vez por outra, me aventuro nas aulas de spinning (que agora, se chama bike indoor, pelo menos na minha academia). O professor é carinhosamente apelido por mim, pelos outros membros desse blog que também malham por lá e por algumas de nossas leitoras de “Cachinhos”, ou “Miojo”, em razão da forma de suas madeixas. Obviamente, ele desconhece isso. Cachinhos é até simpático – às vezes, simpático até demais.

Mas eis que Cachinhos some pelos últimos dias, e agora quem dá aula em seu lugar é um outro professor, que atende pelo nome de um animal, um primata. O problema é que este nativo (como se diz no jargão antropológico) do universo das academias já tinha cruzado meu caminho antes, em uma outra academia. E depois de 10 minutos sob sua tutela na malhação, já tinha me convencido de nunca mais fazer uma aula sua.

Aula de spinning não é lá muito agradável. Suor, calor, dor, banco desconfortável pra caramba... o cara conseguia piorar. Não bastasse tocar trance durante toda a aula, vez por outra, ele soltava um gritinho. Um gritinho assim: “Aaaaaaaaiiii”! É difícil explicar direito. Mas, é uma coisa bem igual ao que o Bell Marques, vocalista do Chiclete com Banana, grita no meio de algumas músicas. Eu até tentei encontrar algum vídeo para exemplificar melhor, mas minha paciência para ouvir essas pérolas da música brasileira não estava muito grande. Pois bem, o gritinho é esse: “Aaaaaiiiii!”. Meio rouco assim, meio forçado assim, que vem de lá de dentro... sabe Deus o que isso quer dizer. Que espécie de interjeição maldita é essa? Resumindo a história, estou começando a sentir que o cara não quer que eu faça a aula dele, não quer que eu emagreça, nem que me torne mais saudável. Ele faz de tudo para me espantar do ambiente saúde.

Para completar, anteontem fui a uma festa junina. Lá, o cantor de uma banda de forró entre uma e outra estrofe das músicas, também berrava “Aaaaaaaaiiii”!