quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Entre vinis, K-7s e CDs

Em homenagem à iniciativa do colega Lucius Petrus, aproveito esse começo de madrugada, enquanto vago sem rumo pela Internet (eu deveria estar me dedicando a atividades acadêmicas neste momento), para contar uma coisa, no mínimo, curiosa.

Eu sou nova. Considero-me ainda uma “recém-adulta”. Mas a historinha que eu vou contar é daquelas que faz qualquer um sentir o peso da idade nas costas.

Estava passeando por sites de notícias, quando me deparo com a seguinte reportagem: “Cultura tenta salvar última fábrica de vinis do Brasil”. Eu gosto de vinis. Sinto saudades dos meus. Isso porque minha mãe, em um trágico dia, sem consultar nenhum dos outros integrantes da família, tomou a decisão de contratar um cara pra transformar todos os vinis da casa em CDs. Quando me dei conta, eu já não tinha um vinilzinho sequer, nem mesmo aqueles do Trem do Alegria, pra guardar de recordação. Mas, para meu consolo, meu namorado inventou de ser DJ durante uma época da vida. Então, ele conta com um acervo de vinis que já me satisfaz em parte.

Com a notícia, me lembrei de algo que aconteceu com uma amiga minha recentemente. Ela é professora de balé para crianças entre 5 e 7 anos. Num belo dia, precisou utilizar uma música que ela só tinha gravada em fita K-7. Depois do sacrifício que foi conseguir um aparelho toca-fitas, ela volta para sala com a K-7 na mão. E então, uma das pequeninas bailarinas solta a frase: “Tia, o que é isso?”

Pois bem, meus amigos, no dia em que ouvi essa história tive dúvidas sobre a minha juventude.



(Pra falar a verdade, eu sinto dúvidas quanto à minha juventude praticamente todos os dias – quando a minha coluna trava ao tentar sair da cadeira depois de mais um dia de trabalho)

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