segunda-feira, 13 de agosto de 2007

We're on a diet...

Dieta é um troço complicado. E bota complicado nisso. Tão complicado que as pessoas teimam em dar outros nomes pra coisa: uns chamam de "reeducação alimentar"; outros falam que "cortaram o açúcar"; e tem aqueles que dizem que "fecham a boca durante a semana". Fato é que a maioria das pessoas, de um jeito ou de outro, tá sempre preocupado com a aparência - ou com a saúde, na desculpa de alguns - e procurando limitar um pouco os exageros da gula.
Falo isso de carteirinha porque, no presente momento, estou fazendo uma nova dieta. E essa com resultados bastante expressivos: nos últimos quatro meses eu já perdi uns quinze quilos; saí de dinossáuricos cento e vinte e três quilos (por extenso mesmo, pra dar a impressão que é muito - e é!) para os atuais quase vaporosos 108 (viu como parece bem menos nos algarismos arábicos?).
Estou naquele momento tentador em que muita gente começa a falar que você "está ótimo", "não precisa perder mais nada", "está muito bem"; naquele momento em que as pessoas notam que você tem de apertar suas roupas - ou comprar novas - e que até o seu traseiro desapareceu (um dia desses, vem minha mãe perguntar se tem algum exercício na academia para os glúteos, pois os meus desapareceram...).
Eu não sou um profundo conhecedor do universo feminino, tão afeito às dietas (e a toda sorte de sacrifícios, vide depilação, TPM's e cólicas menstruais), mas eu entendo um pouco o prazer meio sórdido de se perder peso! Nesses dias, tenho recuperado roupas antigas minhas, que há anos não usava. Calças confinadas ao fim do armário têm perdido o cheiro de naftalina e voltaram a ver a luz do sol; e já não passo constrangimentos em lojas onde o vendedor sempre errava o número da minha roupa ("olha, pro seu tamanho eu recomendo o 58 longo!" Minutos depois - "é, vou trazer um 62 que vai ficar perfeito!"). Emagrecer é bom, rapaz! Vale a pena mesmo...
De qualquer forma, dizem que o melhor da dieta é você sair dela; no entanto, o meu calvário parece que vai continuar; minha atual nutricionista parece ter alguma predileção por corpos mais do que magros. Na minha primeira consulta, ela me perguntou o quanto eu queria perder daquela vez; eu, na busca de algum apoio - um consolo - chutei um peso bem baixo: "bom, eu pesava 85 antes de entrar pra faculdade... Acho que seria uma boa!", falei eu, pensando que ouviria um "você está louco?", "podemos pensar em algo como 95, 100...!". Mas, para minha tristeza, ouvi um "Excelente meta! Podemos pensar nisso a longo prazo!" É, meus caros amigos, acho que, dessa vez, o buraco é mais em baixo... Pray for me, ladies and gentlemen!
Foto: Toby Melville, Agência Reuters.

domingo, 12 de agosto de 2007

Banheiro feminino


Todos os dias, há aqueles momentos em que precisamos estar sozinhos... Momentos “íntimos”, por assim dizer, em que nós somos a nossa melhor companhia, a única possível, pois a presença de qualquer pessoa acabaria com a espontaneidade da coisa, a liberdade pra fazer o que se quiser.


Talvez por nunca ter vivido a experiência de morar sozinha, o banheiro sempre representou pra mim esse espaço libertador, onde sempre pude fazer quase tudo, livre de qualquer olhar crítico.


Não sei se vocês compartilham desse prazer diário: um banho quente (muuuito quente!), bem demorado, quase uma sauna, seguido de um óleo cheiroso, ou daquele creminho que custou caaaro, mas tão gostoso que vale cada centavo... Se houver uma música de fundo, melhor ainda! Cura qualquer estresse do dia.


Outro dia descobri que uma amiga minha deixa uma escova de dentes dentro do box, para escovar os dentes enquanto toma banho! Achei tão legal! Cada um com sua mania...


E qual a mulher que nunca passou horas testando a última tendência em maquiagem (aliás, tenho que arrumar um tempo para fazer um curso de maquiagem...), ou inaugurando a chapinha recém comprada, pra muitas vezes descobrir que jogou dinheiro fora (que saco, mas a promoção parecia imperdível...)?


Isso sem falar naqueles momentos menos glamorosos, como depilação, hidratação do cabelo, máscara facial, e todos aqueles que nos fazem achar muito cruel essa vida de mulher... Sem chance fazer isso na frente dele!


Mas talvez o que me dê mais prazer seja ler no banheiro... Por que será que nem todo mundo gosta de ler no banheiro? Me parece a única alternativa a fazer: você está ali, naquela situação... Olha pra frente e vê azulejo... Se há alguma coisa pra ler, qualquer coisa, tudo fica tão melhor! Fica tão melhor que você esquece que já terminou e tem que ir embora...


A propósito, fiquei tão feliz quando descobri na livraria o Almanaque do Banheiro! É um livrinho despretensioso,que traz textos curtos (suficientes, na verdade, para aquela ida ao banheiro) sobre os mais variados assuntos – desde o que significou o Baile da Ilha Fiscal, ou o que representa o livro Cem anos de solidão, até como funciona o Botox. Muito legal!!! Recomendo...


Por essas e outras, cheguei à conclusão de que toda mulher tem direito a ter um banheiro só pra si! De preferência com uma bancada enooorme, e um espelho à altura! É isso!