quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Receita universal


Lá vou eu de novo falar sobre comida... Aliás, comida é um tema que sempre me interessa. Não que eu seja uma gourmet ou coisa parecida... Mas é que “comer” é muito mais do que o simples ato de “comer”. É o ensejo para encontros, uma boa conversa, até para viajar. Ora, comer pode significar conhecer coisas novas, culturas diferentes, estilos de vida diferentes. Sem falar no estímulo aos sentidos: temperos, cheiros, texturas, enfim, um mundo de descobertas.

Vocês já pararam para pensar qual seria a comida universal? Sempre achei que fosse o pão. Sim, o pão nosso de cada dia. Me imagino vivendo sem carne, sem arroz ou feijão, sem esta ou aquela fruta, sem leite, sem batata, mas... sem pão? Muito sofrido. E penso que não deve ser diferente por aí afora, pois o pão está presente em todas as culturas, ainda que feito dos mais diversos ingredientes - trigo, cevada, arroz, aveia, queijo, batata, milho... - e com inúmeras formas de preparo.

Passando esses dias na livraria, descobri que não sou só eu que penso assim (ah, não diga!). Um fotógrafo de culinária lançou este livro chamado Pão da Paz, que traz 195 receitas de pão, típicas de 192 países que fazem parte da ONU (daí o título do livro). Achei muito legal! Tem receita de tudo quanto é país, até do Gabão! E o bom é que o autor faz uma relação entre a receita de pão e a cultura local. Interessante, mesmo para aqueles que não quiserem se aventurar no fogão...

Ah, e para quem ficou curioso, a receita que está associada ao Brasil é a do nosso pão de queijo.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Qual é o seu nome?

Talvez você já tenha visto esta notícia nos últimos dias. Mas vale a pena repetir: "um casal de mexicanos que se conheceu por meio da Internet batizou seu filho com o nome de "Yahoo", apesar dos funcionários do cartório terem lhes advertido sobre os danos psicológicos que poderiam ocasionar à criança".

Se você é uma dessas pessoas que foi brindada pelos pais com um nome exótico (devo adiantar que esse não é o meu caso), já deve imaginar pelo que irá passar na vida esse pequenino mexicano. Essas conversas de nomes bizarros dão sempre pano pra manga. Nem vou entrar nessa discussão, citando nomes estranhos de pessoas que conheço, porque a competição pra ver quem conhece o pior é algo sem fim.

Essa história me lembrou de uma outra notícia que li esses dias: "um projeto de lei na Venezuela quer proibir que pais batizem seus filhos com nomes considerados "extravagantes", difíceis de pronunciar ou que resultem da combinação de dois outros nomes próprios". Sábio legislador... e nem me venha com a conversa de que é direito de cada um escolher o nome do filho e blábláblá. Afinal, o nosso blog foi batizado como "Menos Direito".

sábado, 8 de setembro de 2007

Sabores da terra



Adoro carboidratos. Pra mim, esse negócio de dieta das proteínas nunca daria certo. Muito triste viver sem pão, arroz, macarrão, batata...

Mas de todos os carboidratos um dos que mais gosto é a mandioca (ou macaxeira, como chamamos lá no Nordeste). E acho também que é o carboidrato mais brasileiro... Está presente na dieta dos brasileiros de todas as regiões do país, e de forma marcante em vários pratos típicos. Por isso sempre achei que a mandioca deveria ser mais bem aproveitada pelos fast foods brasileiros, que, na minha cabeça, têm a mania de simplesmente transportar para o Brasil as idéias enlatadas dos americanos...

Qual não foi a minha surpresa ao chegar no supermercado e encontrar uma nova linha de salgadinhos da tradicional marca Elma Chips: inhame e mandioca fritos, no lugar de batata frita! E não é que são gostosos?!

Viva os sabores da terra! O próximo passo é mandioca frita na promoção do McDonald’s!

Mafalda


Aproveitei o curto período de férias para voltar a Buenos Aires e apreciar de perto tudo de bom que há na terra dos nossos hermanos – os alfajores, as medialunas, o tango, o friozinho, o charme das ruas que queriam estar na Europa, as incontáveis livrarias... a Mafalda!

Voltei de viagem ainda no clima da Argentina, e com uma vontade danada de reler as tirinhas do Quino.

E, para aqueles que são fãs como eu, descobri um ótimo site sobre a Mafalda: o www.mafalda.net, que tem a história da personagem, tirinhas, indicações dos livros publicados, informações sobre o Quino e até a opinião de Umberto Eco sobre a Mafalda!

Também descobri um blog brasileiro muito legal, que publica tirinhas da Mafalda em português: o Clube da Mafalda, de onde retirei a que está no início deste post.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Na moral, na moral...

Uma das primeiras coisas que você aprende quando me conhece é o quanto eu abomino Jota Quest. Não que eu faça tanta questão assim de falar sobre a banda, mas é que, para meu desprazer, ela tem uma presença muito mais constante em nossas vidas diárias do que eu desejaria. Toda vez que você vai a um casamento, formatura, festa de 15 anos, a banda ridícula contratada para a ocasião faz questão de tocar alguns dos sucessos dos mineiros. Toda vez que você anda pelas ruas da cidade, existe um camelô vendendo o CD pirata do Jota Quest. Toda vez que você convida alguém que não te conhece muito pro seu aniversário, você acaba ganhando de presente um DVD do Jota Quest (porque as pessoas partem do princípio de que todo mundo gosta da banda). Como eu não consigo me controlar, eu sempre acabo gritando ao mundo em todas as ocasiões que eu odeio muito o diabo do Jota Quest.

Essa repulsa já gerou vários e vários momentos de discussão musical. Já gerou até mal-estar com fãs mais empolgados da banda. Meu colega Benignus, que também me acompanha na tarefa de odiar o vocalista gordinho, já sofreu junto a mim em situações assim.

Eu dou tanto azar que, uma vez, no aeroporto de São Paulo, sentada sozinha na sala de embarque, quem passa ao meu lado??????? Quem, quem???? Rogério Flausino, o terrível líder da banda. E o pior é que ele vinha com aquele caminhar de popstar, tirando uma onda absurda... quase joguei minha mala em cima do cara.

Para você ter noção de quanto tempo faz que esses mineiros metidos a músicos fazem parte da minha vida, volto ao ano de 1997. Você conhecia Jota Quest? Pois então... minha mãe havia me matriculado em um caríssimo curso de “Liderança para Jovens”. Um negócio muito chique, do Dale Carnegie, para transformar adolescentes em líderes e profissionais do futuro. Quase não me lembro de nada que aprendi nesse curso. Mas, de uma coisa eu lembro bem: o instrutor era mineiro e chamava-se Luis. Um dia, o Luis contou uma história de que ele gostava muito de música e tinha tido uma banda com amigos quando ainda morava em BH e era bem mais jovem. A banda terminou e alguns membros acabaram entrando para novas bandas. Um dos membros em questão é o baterista do Skank. Daí, todo mundo na sala pensou: “nooooossa!!”. Então Luís prosseguiu com a historinha e disse: “um outro membro da banda faz parte hoje de um grupo que está começando a fazer sucesso, do qual vocês em breve vão ouvir falar: o J. Quest (na época, ainda antes de uma ameaça de processo por estarem copiando o nome do desenho animado, a banda ainda era “Jey” Quest).

Há um mês mais ou menos, estava eu sentada na sala de espera de um consultório médico, feliz e contente, quando naquelas telas planas grudadas na parede surge o DVD com TODOS, repito: TODOS, os clipes do Jota Quest. Não precisa nem dizer a médica demorou quase uma hora pra me atender e enquanto isso me deliciei com os seguintes hits da música brasileira:

“Não alimento amor por telefone / isso é ilusão / Não adianta falar de amor ao telefone / isso é ilusão / Pra que tanto telefonema / se o homem inventou o avião (???????????) / Pra você chegar mais rápido / ao meu coraçãoSério!!! O nome da música é “Tele-fome”!

“O telefone é 3555 / a casa dela é na avenida 35”Essa é campeã!

“Na moral / na moral (só na moral) / (...) Quando tudo parece não ter lógica / Bombas de amor, tiros de amor, drogas de amor”Meu Deus, por que me abandonaste?

"E o ar, oxigênio / Mesmo com a fumaça / Oxigênio / Mesmo com a fumaça / Oxigênio / Mesmo com a fumaça / dá pra ver / a incessante sinfonia da floresta / respirando pelo mundo / vendo tudo acontecer" - Não dá nem vontade de comentar.

O assunto do Jota Quest me voltou à cabeça hoje. Há três dias, comecei em um novo trabalho. Em minha sala trabalham apenas mais três pessoas. E não é que um dos colegas passou a tarde inteira cantando que “tá faltando emprego no planeta dos macacos”...