quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

O bom velhinho vem aí!

Meus Caros,

A vida nos mostra que, muitas vezes, dar pitaco naquilo que a gente não conhece direito costuma dar bode. E, dessa vez, deu. Ao contrário de vários analistas que, à época, já criticavam a candidatura Giuliani, eu apostei todas as minhas fichas no cara. E não é que a notícia, hoje, é que ele sai no fim desta tarde da campanha, sem ter vencido um único estado sequer? Pois é, a queda vertiginosa do Giuliani surpreendeu a alguns – e a mim, principalmente. Ao contrário do que eu acreditava, a história ainda nos dá muitas lições. E a lição – aprendida por mim e, principalmente, pelo ex-prefeito de Nova York – é que não se pode desconsiderar os fatos; historicamente, as primeiras primárias são decisivas para mostrar quem é o favorito na corrida presidencial. Aqueles que vencem em Iowa e New Hampshire ganham projeção na mídia e momentum político. E, aliás, foi o que aconteceu. Mike Huckabee, ex-governador do Arkansas, era um zero à esquerda no cenário nacional e, de repente, surgiu como um dos favoritos. John McCain era um senador esquecido, jogado pro canto, mas que, com a vitória em New Hampshire (não sei exatamente se é assim mas, ao que parece, o candidato que é vencedor em New Hampshire é, em geral, o candidato do Partido Republicano) ganhou impulso e, ontem, com a vitória na Flórida, praticamente se firmou como o homem a ser batido.

Bom, e quem é McCain? O “bom velhinho” – o senador pelo Arizona tem 71 anos e, se eleito será a pessoa mais idosa a ser eleito presidente dos EUA – é John Sydney McCain III, capitão da marinha americana e ex-prisioneiro de guerra no Vietnã. Militar condecorado, já havia balançado o coração dos eleitores republicanos em 2000, quando chegou a ameaçar, ainda que de longe, o favorito George W. Bush. McCain, que é visto como um conservador moderado, tem uma longa folha de serviços prestados no Congresso Americano, onde já foi deputado e presidente do Comitê de Comércio do Senado dos EUA em duas oportunidades. McCain tem conseguido aglutinar em torno de si muita gente, o que pode lhe dar o impulso necessário para conquistar a presidência – e as pesquisas o colocam na frente dos dois candidatos democratas, Barack Obama e Hillary Clinton. Agora, se será vitorioso, isso eu deixarei que o tempo responda...

Um abraço!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Will it blend?

A internet é pródiga em nos surpreender. Quando você pensa que já viu tudo, eis que ela vem e nos mostra que as possibilidades são infinitas! Hoje, ao navegar no G1, portal de notícias da Globo, vi a chamada para uma entrevista com um certo Tom Dickson, o qual faz propagandas na internet sobre um produto de sua empresa, a Blendtec. Esta empresa fabrica, entre outros aparelhos, um liquidificador chamado “Total Blender”. Para popularizar o produto, Tom vem divulgando vídeos na internet, denominados “Will it blend?”, nos quais ele literalmente tritura alguns objetos de uso pessoal. Sem sombra de dúvida, o melhor vídeo é aquele em que o simpático senhor aniquila um Iphone no aparelho. Tosco, não acham? Confiram no link e vejam coisas como Ipods, bolinhas de gude, bonecos de plástico, glow sticks e cabos de vassoura serem reduzidos a pó!

Saludos!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Eleições 2008: vota EUA!

Meus estimados amigos e amigas,

O assunto do momento nos meios de comunicação mundiais é a eleição presidencial americana. Essa coisa interessante, que de quatro em quatro anos chama a atenção de todo o mundo para quem será o próximo governante mais odiado do planeta (tá, não chega a esse ponto... o Clinton não era tão odiado assim...). Bom, brincadeiras à parte, o fato é que é uma eleição importantíssima, e que chama a atenção de quem vê por suas peculiaridades: aliás, entender todas as fases do negócio é trabalho complicado!

Bom, vou compartilhar com vocês o que eu sei do negócio (que, volto a destacar, é COMPLICADO pra caramba!): nesse início do ano, estão acontecendo em vários estados americanos as chamadas ‘primárias’, utilizadas para identificar os candidatos dos dois principais partidos, quais sejam, o Partido Democrata e o Partido Republicano. Depois que isso acontecer, aí sim, começa o embate definitivo – o que, na verdade, fica pra depois de agosto (e a eleição é em novembro).

No partido Democrata, a disputa está entre a senadora por Nova York Hillary Rodham Clinton (lembram-se dela?) e o senador por Illinois (Chicago) Barack Obama. A disputa, em que pese a mídia ficar fazendo alarde por aí, está praticamente decidida: pela primeira vez, o principal candidato de um dos dois principais partidos será uma mulher. E, aliás, com grandes chances de ser eleita presidente. Analisando o atual cenário, ela deve sair vitoriosa em 33 dos 50 estados americanos, e terá um forte apelo junto à população, saudosa dos bons anos 90 e do clima de bom humor e desenvolvimento econômico vividos na era Clinton. No entanto, ela é vista por muitos como extremamente liberal, o que pode enfraquecê-la como candidata (vale lembrar que o americano, em geral, é bastante conservador). Além disso, muitos questionam a sua capacidade de liderança – outro ponto delicado quando se trata da presidência da maior potência militar e econômica do planeta.

Já entre os Republicanos, a briga está mais interessante. Nos últimos dias, só se fala de dois candidatos, vitoriosos, respectivamente, em Iowa e New Hampshire: Mike Huckabee e John McCain. O primeiro é um pastor batista que já foi governador do Arkansas (o mesmo estado governado por Bill Clinton), ao passo que o segundo é um senador pelo Arizona que tentou a indicação do partido à presidência anteriormente, sendo derrotado por George W. Bush. O terceiro personagem dessa disputa é o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney, que têm gastado os tubos de grana mas só venceu a disputa em Wyoming – para muitos, carta fora do baralho. Por fim, o líder das pesquisas (mas que, até agora, não mostrou a que veio) é o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani. Há alguns meses, seu nome era dado como certo para a presidência; porém, sua vantagem vem caindo reiteradamente, e há muitos que afirmam que seu momento já passou – apesar da imagem forte de liderança que transmitiu durante os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. As pesquisas mostram que ele deve ganhar em 20 estados, o que não garante sua vitória no geral, mas o coloca como principal ator no processo. Meu palpite é que ele será o indicado.

E, sendo assim, ficaríamos com um cenário Giuliani versus Hillary, no qual eu aposto, verdadeiramente, no ex-prefeito. Apesar de estar no seu terceiro casamento e de ser famoso por suas crises de destempero, ‘Rudy’ tem a imagem de um candidato competente (é o cara que resgatou Nova York para o mundo) e que atravessou com brilhantismo o momento mais difícil da história americana. Acredito que se sobreviver às primárias, ‘Rudy’ chegará lá e se tornará o primeiro ítalo-americano presidente dos EUA. Sendo assim, ‘Forza, Giuliani’!

Abraços a todos!

Fotos: Wikipedia.
Ps.: apesar de eu achar que o Giuliani ganha, botei a foto da Hillary primeiro no post. É uma deferência às mulheres, além de achar que a foto dela é bem mais simpática do que a do Rudy!

domingo, 6 de janeiro de 2008

Feliz 2008!

Meus queridos, já estamos em 2008 e o Menos Direito anda meio paradão... Vamos tentar dar um impulso nesse mês? Bom, vou começar desejando a todos um ano de muitas felicidades, saúde e paz, e de muitas realizações!

Vou aproveitar para postar algum comentário sobre um dos meus temas favoritos: Fórmula 1! Hoje ocorreu o lançamento da nova F2008 (foto ao lado, de crédito da AP - Ferrari), o monoposto que a Ferrari disputará o campeonato e tentará, com todas as forças, manter os títulos de construtores e de pilotos conquistados no ano passado neste ano que se inicia. Para quem não está acompanhando a F1, vou tentar dar um update:

No campo do "em time que está ganhando não se mexe", a Ferrari resolveu manter sua dupla, com o agora campeão mundial Kimi Raikkonen e o brasileiro Felipe Massa; no mesmo caminho, seguiram a BMW, com o alemão Nick Heidfeld e o polonês Robert Kubica, a Red Bull manteve o australiano Mark Webber e o simpático "vovô" escocês David Coulthard, e a Honda confirmou o inglês Jenson Button e Rubens Barrichello.

Em relação ao ano anterior, temos algumas mudanças na maioria das equipes. Na McLaren, depois do fiasco do ano passado - quando perderam o campeonato de construtores pelas denúncias de espionagem e o de pilotos por um ponto para o Kimi Raikkonen - Lewis Hamilton foi efetivado como primeiro piloto de vez; o inglês vai ganhar um rodo de grana e vai ter a companhia do finlandês Heikki Kovalainen, que corria na Renault. Para o lugar do finlandês, a equipe francesa contratou o bicampeão Fernando Alonso, o qual terá a companhia do estreante brasileiro Nelson Ângelo Piquet. Na Williams, o competente alemão Nico Rosberg será mantido, tendo a companhia do japonês Kazuki Nakajima (filho do lendário Satoru Nakajima). Na Toyota, o italiano Jarno Trulli foi mantido, mas o alemão Ralf Schumacher, que não vinha obtendo bons resultados nos últimos anos, foi dispensado sumariamente; para seu lugar, foi contratado o também alemão Timo Glock, campeão da GP2 de 2007 (a GP2 é a categoria de acesso à F1). A Super Aguri, equipe-satélite da Honda, ainda não confirmou seus pilotos, mas há quem garanta que não terá mudanças em relação ao ano passado, quando alinhou com o japonês Takuma Sato e o inglês Anthony Davidson.

Por fim, mais duas equipes vêm com novidades para 2008: a Toro Rosso, chefiada pelo ex-piloto austríaco Gerhard Berger, que alinhará com o tetracampeão da CART (lembram da antiga fórmula Indy? Pois é, é como se fosse!), o francês Sebastien Bourdais, e o alemão Sebastian Vettel; e a Force India (?), antiga Spyker (?) e Midland (?), que terá o alemão Adrian Sutil e, provavelmente, o italiano Giancarlo Fisichella.

Bom, para finalizar o post – que já está enorme – vamos aos palpites: eu apostaria minhas fichas que esse será o ano do bi de Raikkonen, agora mais entrosado na Ferrari e, ao meu ver, com chances de dominar a temporada de forma a lembrar até os tempos de Schumacher; se houver alguma briga, creio que se resumirá a algumas disputas com Massa e Hamilton, com Alonso correndo por fora. Nelsinho deverá fazer um campeonato razoável, sem surpreender muito, mas será o melhor dos estreantes; Kovalainen, acredito, pode ter bons resultados no decorrer do ano. Ao fim do ano, teremos fortes especulações – que podem se tornar realidade – sobre a saída de Massa da Ferrari, com a possibilidade de Alonso se transferir para a Scuderia em 2009.

E é isso aí! Um abraço a todos e, mais uma vez, um feliz 2008!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Entre vinis, K-7s e CDs

Em homenagem à iniciativa do colega Lucius Petrus, aproveito esse começo de madrugada, enquanto vago sem rumo pela Internet (eu deveria estar me dedicando a atividades acadêmicas neste momento), para contar uma coisa, no mínimo, curiosa.

Eu sou nova. Considero-me ainda uma “recém-adulta”. Mas a historinha que eu vou contar é daquelas que faz qualquer um sentir o peso da idade nas costas.

Estava passeando por sites de notícias, quando me deparo com a seguinte reportagem: “Cultura tenta salvar última fábrica de vinis do Brasil”. Eu gosto de vinis. Sinto saudades dos meus. Isso porque minha mãe, em um trágico dia, sem consultar nenhum dos outros integrantes da família, tomou a decisão de contratar um cara pra transformar todos os vinis da casa em CDs. Quando me dei conta, eu já não tinha um vinilzinho sequer, nem mesmo aqueles do Trem do Alegria, pra guardar de recordação. Mas, para meu consolo, meu namorado inventou de ser DJ durante uma época da vida. Então, ele conta com um acervo de vinis que já me satisfaz em parte.

Com a notícia, me lembrei de algo que aconteceu com uma amiga minha recentemente. Ela é professora de balé para crianças entre 5 e 7 anos. Num belo dia, precisou utilizar uma música que ela só tinha gravada em fita K-7. Depois do sacrifício que foi conseguir um aparelho toca-fitas, ela volta para sala com a K-7 na mão. E então, uma das pequeninas bailarinas solta a frase: “Tia, o que é isso?”

Pois bem, meus amigos, no dia em que ouvi essa história tive dúvidas sobre a minha juventude.



(Pra falar a verdade, eu sinto dúvidas quanto à minha juventude praticamente todos os dias – quando a minha coluna trava ao tentar sair da cadeira depois de mais um dia de trabalho)

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Eu voltei...

Meus caros fanfarrões (não, ainda não vi Tropa de Elite, mas já estou me acostumando com a cultura que o cerca...), não vou postar nada de sério ainda. É só porque entrei agora no site, e fiquei tão tristim de ver a última atualização ainda em setembro que senti necessidade de, ao menos, colocar o Menos Direito em dia. Em tempos de colegas de site um tanto quanto estudiosos (tô na torcida, viu?), andamos meio parados por aqui. Mas há muito o que comentar, e muito que escrever!

Abraços!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Receita universal


Lá vou eu de novo falar sobre comida... Aliás, comida é um tema que sempre me interessa. Não que eu seja uma gourmet ou coisa parecida... Mas é que “comer” é muito mais do que o simples ato de “comer”. É o ensejo para encontros, uma boa conversa, até para viajar. Ora, comer pode significar conhecer coisas novas, culturas diferentes, estilos de vida diferentes. Sem falar no estímulo aos sentidos: temperos, cheiros, texturas, enfim, um mundo de descobertas.

Vocês já pararam para pensar qual seria a comida universal? Sempre achei que fosse o pão. Sim, o pão nosso de cada dia. Me imagino vivendo sem carne, sem arroz ou feijão, sem esta ou aquela fruta, sem leite, sem batata, mas... sem pão? Muito sofrido. E penso que não deve ser diferente por aí afora, pois o pão está presente em todas as culturas, ainda que feito dos mais diversos ingredientes - trigo, cevada, arroz, aveia, queijo, batata, milho... - e com inúmeras formas de preparo.

Passando esses dias na livraria, descobri que não sou só eu que penso assim (ah, não diga!). Um fotógrafo de culinária lançou este livro chamado Pão da Paz, que traz 195 receitas de pão, típicas de 192 países que fazem parte da ONU (daí o título do livro). Achei muito legal! Tem receita de tudo quanto é país, até do Gabão! E o bom é que o autor faz uma relação entre a receita de pão e a cultura local. Interessante, mesmo para aqueles que não quiserem se aventurar no fogão...

Ah, e para quem ficou curioso, a receita que está associada ao Brasil é a do nosso pão de queijo.