quinta-feira, 26 de julho de 2007

Hora de ir às compras...

Eu sempre me achei pouco normal. Sempre me vi fora da curva. Não que me julgue melhor ou pior que os outros; sou apenas um pouco (ou muito) diferente. E uma das coisas que eu vejo que me faz um tanto quanto “exótico” é o meu gosto natural por mercados, supermercados e hipermercados! Desde as minhas primeiras lembranças no Jumbo (que, para quem não sabe, é o “avô” do hipermercado “Extra”, do grupo Pão de Açúcar; seu símbolo era um elefante - como na foto ao lado) e nas Casas da Banha (“CêBê, muito mais você! Tchá-tchá-tchá!”) até as minhas incursões atuais nos diversos estabelecimentos candangos, me divirto pacas em supermercado! Para o desespero de minha mãe – e a preocupação da minha litisconsorte, como diz meu amigo Benignus – eu sou daqueles que gosta de ir a cada um dos corredores do supermercado, ainda que não vá comprar nem televisores nem cervejas; é uma compulsão minha vasculhar gôndolas e gôndolas em busca das mais diversas novidades.


Ontem tive o prazer de passar, mais uma vez, um dia INTEIRO em supermercados. É, “supermercados”; no plural mesmo! Após ir à Super Adega, dei uma passada no complexo Wal-Mart / Sam’s Club daqui de Brasília. E, aceitando a sugestão da namorada, resolvi escrever algumas linhas sobre esse império do consumo americano; império que é, hoje, a segunda maior companhia do mundo em receita (algo em torno de US$ 350 bilhões/ano), ficando atrás apenas da ExxonMobil e à frente de alguns pigmeus da economia mundial, como Shell, General Motors, Toyota, Ford, General Electric, Citigroup, Siemens, IBM, Samsung e Honda, entre outros...


O Wal-Mart (bom, primeiramente, eu não sei o porquê do nome... “Wal” deve vir do nome do fundador, Samuel Walton; “Mart” eu penso que tenha algo a ver com “market”, presumo eu! Como é que eu vou saber?) começou a sua história há pouco tempo, em, pasmem, 1962, quando a primeira loja foi aberta em Bentonville, Arkansas (que, para quem não sabe, é a décima-terceira maior cidade do Arkansas, logo atrás de Texarkana!). O desenvolvimento deste conglomerado foi espantoso; após um início tímido, a primeira loja fora do Arkansas foi inaugurada apenas seis anos depois; no entanto, já em 1987, com 25 anos de história, o Wal-Mart tinha cerca de 1.200 lojas em todos os estados americanos, com faturamentos anuais de US$ 15,9 bilhões; nos dias atuais, são quase 7.000 estabelecimentos em todo o mundo, com cerca de 1.8 milhão de empregados.


O principal responsável por esse império é o simpático carequinha ao lado, o senhor Samuel Moore Walton, fundador do Wal-Mart. Morto em 1992, o figurinha aí acumulou, até o fim de sua vida, algo em torno de US$ 52 bilhões, o que fazia dele o homem mais rico do mundo quando de sua morte; quem o sucedeu na lista foi um tal de William Gates III, vulgo “Bill”. Com a concepção de que o cliente é o mais importante e que o trabalho em equipe faz a diferença, Sam Walton construiu algo que, dificilmente, podemos imaginar ser possível no presente. Hoje, seus filhos acumulam um patrimônio que gira em torno de US$ 85 bilhões, algo que, convenhamos, dá pra fazer um estrago. Aliás, fica aí a pergunta: o que vocês fariam com essa grana toda? Aguardo respostas nos comentários...


(Crédito das fotos: Grupo Pão de Açúcar e Wikipedia)

3 comentários:

Anônimo disse...

É interessante, meu caríssimo Lucius Petrus, que todo esse império, segundo um texto que li certa vez, foi conquistado pelo alto investimento em relações públicas, com baixíssimo em propaganda (considerando a média para o setor).

Benignus disse...

O que eu faria com US$ 85 bilhões? Eu compraria um carrinho de pipoca e me tornaria o pipoqueiro mais rico do mundo!

Antonius disse...

Eu compraria um parque de diversões e moraria nele.