quarta-feira, 4 de julho de 2007

Menos Direito, Mais Música

Nasci em 1977. E sempre tive muita curiosidade sobre tudo que aconteceu naquele ano. Na realidade, tenho interesse sobre tudo que de alguma forma tenha relação com as minhas origens.

Quando criança, costumava brincar com os LP’s dos meus pais, os velhos discos de vinil que hoje perderam seu espaço em razão da popularização do CD. Era uma seleção, digamos, variada: de Caetano Veloso às coletâneas de discoteca dos anos 70, de Demis Roussos às trilhas sonoras das novelas da Rede Globo.

O fato é que me interessava bastante pelos discos lançados no ano em que nasci. Lembro que considerava aqueles os meus LP’s, e o mesmo acontecia com os meus irmãos mais novos, que também elegiam o ano em que nasceram como critério para a adoção de seus discos preferidos.

Para o desespero dos meus pais, a gente fazia uma bagunça danada, escrevendo nossos belos nomes com qualquer caneta que mais facilmente encontrássemos, e ouvindo aqueles discos à exaustão, no volume que entendêssemos adequado, obviamente. E que nem sempre era razoável...

Imaginem vocês a felicidade de um pai que encontra seus pimpolhos naquela algazarra, criando belíssimas assinaturas nos seus discos preferidos e se achando destes seus legítimos proprietários. Pois é, não basta ser pai...

Enfim, para aqueles que também têm interesse nas músicas que faziam sucesso no ano em que nasceram, e para todos os outros que simplesmente têm curiosidade de verificar a “evolução” do gosto musical do brasileiro através dos anos, apresento-lhes um link especial do site “Mofolândia”, que trata principalmente de desenhos e séries antigos, mas que aqui nos brinda, em sua seção referente a "Músicas e Cantores", com a relação das 100 músicas mais tocadas nas rádios brasileiras a partir de 1958, consideradas ano a ano.

É muito legal, por exemplo, saber que no ano em que nasci a música mais tocada foi “Amigo”, do rei Roberto Carlos. E que no segundo lugar da lista daquele ano aparece “Sonhos”, de Peninha. Além, é claro, do grande "Abba", lembra deles, com "Dancing Queen", que consegue ali um bom trigésimo sétimo lugar.

Sirvam-se, assim, do link indicado. E lembrem-se, não briguem com seu filho somente porque ele destruiu seus discos, livros ou coisas que o valham. Quem sabe algum dia ele aproveita um post de um blog pra dizer que lembra com muita saudade de toda aquela bagunça.

Ah! E aproveitem, também, para conhecer o resto do Mofolândia, que é garantia de boa diversão.

Obs: como não deu pra fazer um link direto para as músicas mais tocadas, mas apenas para a página principal do "Mofolândia", é só clicar em "Músicas e Cantores", e depois em "As músicas mais tocadas".

2 comentários:

Marie Curie disse...

Nessas horas eu penso na beleza que é ter nascido na década de 80 e ter na minha lista de 100 mais tocadas Total Eclypse of the Heart, Careless Whisper, Brega-chique, várias da Tina Turner, Ultraje a Rigor.

Só senti inveja de não ter nascido em 83, ano no qual a campeã foi Menina-veneno do Ritchie. Sou muito fã do "abajur cor de carne".

Anônimo disse...

Benignus, este post foi especial. Adorei me lembrar das músicas do ano do meu nascimento e dos meus filhos também. Como me diverti na Mofolândia! Algumas músicas do ano em que nasci, 1976, são clássicas e eu as adoro: "Olhos nos olhos - Maria Betânia", "Como nossos pais - Elis", "Apesar de você - Chico", "Coisas da vida - Rita Lee", etc... No ano de nascimento do meu filho mais velho, 1994, não há tantas clássicas, mas algumas que ainda gosto bastante: "Pensamento - Cidade Negra", "Pessoa - Marina Lima", "Streets of Philadelphia - Bruce", "A novidade - Gil", etc... Já em 2005, ano do nascimento do meu mais novo, há poucas músicas que ele poderá curtir daqui a 30 anos, como eu estou curtindo agora... As melhores, na minha opinião, são do Green Day, Skank, Coldplay, O Rappa, Ira, U2, Titãs... Espero que meu caçula faça apenas piada quando ele ouvir "Amor, amor - Wanessa Camargo", "Festa no apê - Latino" (dessa eu acho que irá se lembrar! rsrs), "A ilha - KLB", "Sou a Barbie Girl - Kelly Key". Obrigada, Benignus!
Abraços, Dani